quinta-feira, 6 de março de 2008

Questão de lógica

"Se o sistema solar foi causado por uma colisão acidental, então o aparecimento de vida orgânica neste planeta foi também um acidente, e toda a evolução do homem foi também um acidente. Se é assim, todos os nossos pensamentos são meros acidentes – o subproduto acidental do movimento dos átomos. E isso vale para os pensamentos dos materialistas e dos astrónomos tanto quanto para os dos outros. Mas se os pensamentos deles - i.e., do Materialismo e da Astronomia – são meros subprodutos acidentais, por qual motivo deveríamos acreditar que são verdadeiros? Não vejo razão para acreditar que um acidente possa ser capaz de me dar uma explicação correcta de todos os outros acidentes. É como esperar que a forma acidental tomada por uma poça de leite, quando derramado de uma garrafa, explique correctamente como a garrafa foi feita e o motivo do derramamento"

.C.S Lewis, the Narnia Killer

Totalmente científico

A ciência não tem respostas para todas as questões que assolam a mente humana.

Sempre haverá um limite, no qual a descrição não basta.

No fundo, a ciência é meramente descritiva. por exemplo: porquê a terra gira em torno do sol?

Pode-se responder que: porque a gravidade do sol atrai a terra , porém sua forca tangencial está equilibrada com a gravitacional de atração entre esses dois corpos, o que permite com que um movimento de “constante queda” (órbita) se faça.

Mas alguém querendo mais respostas pode perguntar além.

E porquê a gravidade existe? Pode se responder que grandes massas causam uma deformação no espaço tempo.

Pode-se depois ainda perguntar: mas porque ocorre isso?

E responder-se-á: porque é uma lei.

Mas o que originou essa lei?

Pronto! Chegamos no limite

Sempre haverá um ponto que a descrição científica não é suficiente para sanar às nossas inquietações

Portanto, a ciência não prova nada. Ela apenas permite que sustentemos nossas crenças por meio de evidências.


Alguém que crê na evolução não crê nela por provas, mas sim por evidências pois nada nesse mundo é 100% provado.

Crer em alguma coisa que não se pode provar se chama fé

Ter fé não é uma coisa vergonhosa, afinal todos temos, em uma ou outra coisa.


Mas fé no entanto não é algo irracional baseado em nada, ela deve ser baseada em evidências.

A observação é a essência do método científico.

Portanto devemos analisar os fatos, partindo de um pressuposto imparcial.

Eu não sei como se originou a vida, vou procurar evidências para sua origem, não partindo do pressuposto da existência, mas também da não existência de deus.

Pode ser que as evidências contrariem minhas preferências.

Mas esta é a verdadeira ciência, observação e imparcialidade

Anatomia comparada

As semelhanças na anatomia são consideradas como uma das evidências da evolução. Por exemplo, ao compararmos a asa de uma ave, a nadadeira anterior de um golfinho e o braço de um homem, veremos que, embora elas sejam muito diferentes, possuem estrutura óssea e muscular bastante parecidas. Alguns interpretam isso como esses animais tendo um ancestral em comum, dos quais herdaram um plano básico de estrutura corporal. Os criacionistas, por outro lado, interpretam as mesmas evidências de uma forma diferente, dizendo que isso foi fruto de planejamento e desígnio criativos. Um engenheiro que planejasse diferentes tipos de máquinas não começaria de um rascunho para cada uma das máquinas. Os dados indicam que um Criador inteligente projetou o sistema de membros para os vertebrados. Ele desenvolveu um plano geral flexível que poderia se adaptar a cada uma das necessidades. O evolucionista precisa supor que todas essas características se desenvolveram por mutações casuais e seleção natural. Os criacionistas explicam-nas como estruturas que receberam do Criador funções especiais para objetivos específicos, de forma que quando objetivos semelhantes estavam em vista, estruturas semelhantes foram criadas.

Mas essa evidência de forma alguma prova o criacionismo ou evolucionismo.

proferido por Marcia Paula de Oliveira

Embriologia comparada

Se compararmos os embriões de determinados grupos de animais, veremos que existem semelhanças entre eles, e essas semelhanças são ainda maiores que as encontradas nas formas adultas.
Mesmo antes da época de Darwin, os evolucionistas alegavam que as semelhanças no desenvolvimento embrionário indicavam uma descendência comum. Os livros modernos ainda mostram esboços de embriões de animais como aves, répteis e mamíferos, juntamente com os do homem, mostrando importantes semelhanças entre eles e atribuindo essas semelhanças à existência de um ancestral comum.
O conhecido chavão evolucionista “a ontogenia recapitula a filogenia” é uma definição popular da “teoria da recapitulação” ou “lei biogenética” de Haeckel. Ela afirma que cada organismo em seu desenvolvimento embrionário (ontogenia), tende a recapitular os estágios por que passaram seus antepassados (filogenia). No caso do homem, por exemplo, ensinava-se que o embrião humano começou a vida como um protozoário marinho, desenvolveu-se em um ambiente aquático até se tornar um verme com um coração tubular, depois até ser um peixe com brânquias e um coração com duas câmaras, depois até ser um anfíbio com um coração com três câmaras e um rim mesonéfrico, e depois até ser um mamífero com um coração de quatro câmaras, rim metanéfrico e uma cauda, e finalmente até ser um ser humano. Desta forma, o embrião humano reteria “vestígios” de sua evolução anterior, recapitulando as sua fases principais.
O mais famoso desses paralelos foi sem dúvida foi o suposto desenvolvimento de brânquias no estágio “de peixe” do crescimento do embrião humano. Esta suposta recapitulação era inteiramente superficial; o embrião humano nunca desenvolve brânquias nem nada parecido com elas , e portanto nunca é um peixe. Na verdade, tanto o homem como todos os cordados desenvolvem fendas faringeais com bolsas faringeais. Nos peixes elas mais tarde se transformam nas brânquias. No ser humano, elas se transformam nos tubos eustaquianos, nas glândulas paratireóides e no timo. Enquanto estão se desenvolvendo, servem como guias essenciais para o desenvolvimento de vasos sangüíneos, e desta forma não são, de forma alguma, vestígios inúteis.
A crença de Haeckel de que cada estágio embrionário representa o estágio adulto de um de seus ancestrais é considerada completamente errada pelos embriologistas modernos. Atualmente os evolucionistas aceitam que os padrões de desenvolvimento embrionário em um grupo de animais próximos podem conter aspectos que refletem seu passado, mas muitas inovações se superpõem e freqüentemente obscurecem o padrão ancestral. Assim, não existe uma recapitulação precisa. É surpreendente que alguns evolucionistas proeminentes continuem a referir-se a esta idéia como evidência da evolução. Porém, os que tem conhecimentos atualizados, tanto em embriologia quanto em paleontologia, não o fazem.
Se para o evolucionista as semelhanças em embriologia são evidências de uma descendência comum, para os criacionistas elas evidenciam apenas o planejamento comum de um Criador. Dado o pressuposto da criação, como os cordados (peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos) tinham o desígnio de reproduzir a sua espécie pelo mesmo tipo de processo reprodutivo, seria de se esperar que o desenvolvimento fosse semelhante em todos esses animais.
O animal embrionário começa a sua existência com uma união de duas células (gametas), e após essa união ocorre uma multiplicação de células que precisa operar-se durante algum tempo no mesmo tipo de meio ambiente. Além disso, muitas das estruturas que devem ser desenvolvidas de alguma forma precisam ser semelhantes (membros, cabeça, etc.). Considerando-se isso, seria natural que os embriões em desenvolvimento parecessem muito semelhantes nos estágios iniciais de seu desenvolvimento.
Nesse período entretanto, à medida em que se torna necessário que caracteres especializados correspondentes à espécie progenitora comecem a se formar, essas semelhanças superficiais dão lugar às características embrionárias distintas e apropriadas. Na verdade, essas importantes diferenças se mostram em estágio bem inicial do desenvolvimento embrionário.
Existem também, mesmo nos estágios iniciais, diferenças entre os embriões que são tão importantes como as semelhanças. O DNA de uma ave é bastante diferente do DNA de um réptil. O material genético distinto, programado para cada espécie de animal, assegura que apenas aquela espécie se desenvolva a partir daquele embrião

proferido por Marcia Paula de Oliveira

Bioquímica comparada

Os recentes avanços da Biologia Molecular têm permitido comparar diretamente a estrutura genética de diferentes espécies, através da comparação da seqüência de nucleotídeos da molécula de DNA. Outros compostos químicos existentes em organismos vivos também têm sido comparados, especialmente as proteínas, como a gamaglobulina, a insulina, o citocromo C, a hemoglobina e outras. Em geral (embora com muitas exceções) as semelhanças respectivas destes sistemas bioquímicos se alinham quase da mesma maneira como o fazem as semelhanças tradicionalmente baseadas em características anatômicas e outras características morfológicas. Ou seja, animais que tenham muitas semelhanças anatômicas geralmente também têm DNAs e proteínas muito parecidos. Isso seria um fato esperado, sabendo-se que o DNA é o responsável pela produção das proteínas de um determinado organismo e estas, em última instância, serão as responsáveis pelas características fenotípicas destes.
Isto sem dúvida é exatamente o que seria de se esperar tendo-se como base o modelo criacionista; a bioquímica comparada pode tanto ser usada como evidência da evolução como evidenciar apenas o planejamento comum de um Criador.

proferido por Marcia Paula de Oliveira

Órgaos vestigiais

Órgãos vestigiais são órgãos existentes no homem, bem como em outros animais, e que são considerados como vestígios inúteis de estruturas que foram úteis em um estágio evolutivo anterior. Na virada do século foi feita uma longa lista de órgãos vestigiais em mamíferos. Esta lista foi considerada uma evidência convincente da megaevolução. Mais de 80 órgãos estavam nesta lista, que incluía a tireóide, o timo, as glândulas pituitárias, o lobo olfativo do cérebro, o ouvido médio, as amígdalas e o apêndice. Hoje já se sabe que todos estes órgãos tem funções úteis e, não raro, essenciais. Mas na época em que a lista foi feita, ninguém sabia que funções eles tinham. À medida em que foram feitos estudos pelos fisiologistas, esta lista foi encolhendo. Atualmente já se mostrou que a maioria dos órgão chamados vestigiais, especialmente no homem, tem uso definido e não são, de forma alguma, atrofiados.
A lógica usada para se determinar se um órgão é vestigial deve ser analisada cuidadosamente. Se não conhecemos a função de algo, ele se torna um candidato a órgão vestigial. A fraqueza desse argumento é que, quanto mais conhecemos, maior é a chance de que iremos aprender as funções para estes órgãos supostamente vestigiais.
O apêndice humano era rotineiramente removido em cirurgias pelos médicos, porque ele parecia não ter utilidade e freqüentemente causava problemas. Agora já se sabe que ele faz parte do sistema imunológico. Realmente acontecem casos de doença no apêndice e, quando ele se infecciona, precisa ser removido. Entretanto, uma pessoa estará melhor se ficar com seu apêndice.
Será que as vértebras caudais fusionadas (cóccix) do homem são inúteis? Atualmente, esta pequena estrutura tem uma função muito importante como ponto de ligação para os músculos que permitem que fiquemos de pé (e que também fornecem amortecimento quando nos sentamos). De modo algum elas podem ser consideradas vestigiais. A via embriológica que produz uma cauda em outros mamíferos produz em nós uma estrutura muito importante. Será que isso ocorreu pela evolução, ou foi projetado por um Criador?
Os músculos segmentares no abdômen são importantes para curvarem o nosso corpo e para manter o tônus da parede abdominal. Que estes músculos tenham vindo de um ancestral é pura conjectura, e não evidência pró ou contra a evolução ou a criação.
Por que existem músculos ligados à nossas orelhas? Alguns desejam chamá-los de vestígios genuínos, enquanto que outros dizem que eles dão forma a nossa cabeça ou sustentam nossas orelhas. São necessárias mais informações para que se possa decidir.
Os membros posteriores das baleias são ossos isolados que estão imersos no tecido. Eles são considerados pelos evolucionistas como vestígios de órgãos posteriores verdadeiros que existiam nos ancestrais terrestres da baleia. Porém , eles têm uma função definida: são o ponto de ligação de músculos do sistema reprodutor. Os criacionistas podem argumentar que Deus modificou as instruções genéticas de membros posteriores para produzir estas estruturas que servem para uma função única.

proferido por Marcia Paula de Oliveira

Fósseis

Fósseis são restos ou vestígios de seres que viveram no passado. Um fóssil se forma quando os restos mortais de um organismo ficam a salvo tanto da ação dos agentes decompositores como das intempéries naturais (vento, sol direto, chuvas, etc.). As condições mais favoráveis à fossilização ocorrem quando o corpo de um animal ou de uma planta é sepultado no fundo de um lago e rapidamente coberto por sedimentos.
Dependendo da acidez e dos minerais presentes no sedimento, podem ocorrer diferentes processos de fossilização. A permineralização, por exemplo, é o preenchimento dos poros microscópicos do corpo de um ser por minerais. Já a substituição consiste na lenta troca das substâncias orgânicas do cadáver por minerais, transformando-o em pedra.
Os fósseis são considerados evidências da evolução porque mostram que o nosso mundo já foi habitado por seres diferentes dos atuais e que teriam sido ancestrais das formas de vida modernas.
Porém, existem alguns problemas muito graves com os fósseis no campo da teoria da evolução. Vamos analisar alguns deles.
É interessante que a mesma abundância de semelhanças e diferenças entre organismos seja encontrada, tanto entre os seres vivos como entre os fósseis. Os mesmos tipos de lacunas entre espécies existem no registro fóssil, bem como entre as plantas e animais atuais. Se o modelo evolucionista fosse válido, era de se esperar encontrar uma série contínua e horizontal de organismos e não categorias definidas.
Uma das mais importantes lacunas fósseis é a existente entre os microrganismos, como algas azuis e bactérias, que são encontrados em estratos do Pré-Cambriano, e a abundante e complexa vida marinha invertebrada do período Cambriano. No Cambriano encontramos uma grande variedade de invertebrados muito complexos, como trilobitas, ouriços-do-mar, esponjas, medusas, crustáceos, braquiópodes, moluscos e vermes. Se a evolução tivesse realmente acontecido, deveríamos encontrar no Pré-Cambriano os antepassados evolutivos de todos estes animais. Entretanto, nas rochas pré-cambrianas encontramos apenas fósseis de microrganismos. Se encontramos fósseis de bactérias, certamente deveríamos encontrar fósseis dos antepassados dos animais do Cambriano. Se os primeiros evoluíram chegando a ser os segundos, parece impossível que nenhuma forma transitória entre qualquer deles jamais tenha sido encontrada. Por mais de 150 anos se tem procurado intensamente, mas nenhum destes ancestrais foi encontrado.
Este fenômeno tem sido chamado por Gould de “explosão cambriana”. Recentemente, o tempo estimado em que ocorreu a explosão foi revisado para baixo, de cinqüenta milhões para dez milhões de anos ­– o que eqüivale a um piscar de olhos em termos geológicos. Essa estimativa mais curta obrigou escritores sensacionalistas a procurar novos superlativos, sendo um dos favoritos o “Big Bang biológico”. Gould argumenta que a rápida taxa de aparecimento de novas formas de vida exige outro mecanismo para explicá-las que não a seleção natural.
Ironicamente, voltamos ao ponto de partida desde os dias de Darwin. Quando ele propôs sua teoria, uma das grandes dificuldades era a idade estimada da terra. Os físicos do século XIX pensavam que a terra tinha apenas cem milhões de anos, ainda que Darwin pensasse que a seleção natural precisaria de muito mais tempo para gerar vida. Atualmente os evolucionistas afirmam que a terra é muito mais velha: em torno de 5 bilhões de anos. Com a descoberta do Big Bang biológico, contudo, o espaço de tempo necessário para que a vida passasse de simples a complexa encurtou para muito menos do que a estimativa da idade da terra no século XIX.
Outro grave problema do registro fóssil que os evolucionistas não conseguem explicar é que a maioria dos grupos de plantas e animais aparecem abruptamente no registro fóssil. Não há evidências de que houve formas transitórias entre esses grupos. Neeville George, um conhecido evolucionista, declarou: “Não há necessidade de pedir mais desculpas pela pobreza do registro fóssil. Em alguns casos ela se tornou quase incontrolavelmente rica, e as descobertas estão ultrapassando a integração... o registro fóssil, não obstante, continua a ser composto principalmente de lacunas.” O paleontólogo Niles Eldredge descreve assim o problema: “Não é de se espantar que os paleontólogos tenham ignorado a evolução por tanto tempo. Aparentemente, ela jamais ocorre. A coleta cuidadosa de material na face de penhascos mostra oscilações em ziguezague, pequenas, e uma acumulação muito rara de leves mudanças – no decorrer de milhões de anos, a uma taxa lenta demais para explicar toda a mudança prodigiosa que ocorreu na história evolutiva. Quando vemos o aparecimento de novidades evolutivas, isso ocorre em geral com um estrondo, e, não raro, sem nenhuma prova sólida de que os fósseis não evoluíram também em outros lugares! A evolução não pode estar ocorrendo sempre em outros lugares. Ainda assim, foi dessa maneira que o registro fóssil pareceu a muitos desesperados paleontólogos, que queriam aprender alguma coisa sobre a evolução.”


CONCLUSÃO

Podemos observar que as chamadas “evidências” da evolução não são tão convincentes quando analisadas sob outro prisma. As semelhanças entre seres vivos podem ser bem explicadas pelo modelo criacionista, admitindo-se que o Criador tenha utilizado planos básicos semelhantes. E os fósseis, ao contrário do que desejam os defensores da teoria da evolução, mostram que nunca existiram formas intermediárias entre os grupos distintos de seres vivos. Esta ausência de lacunas entre os diversos tipos de seres vivos também está presente no mundo atual.


BIBLIOGRAFIA

AMABIS, J. M. & MARTHO, G. R. Biologia 3. São Paulo, Editora Moderna, 1995. 511 p.

BEHE, M. A caixa preta de Darwin. Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor, 1997. 300 p.

BRAND, L. Faith, reason and earth history. Berrien Springs, Andrews University Press, 1997.

ELREDGE, N. Reinventing Darwin. Nova York, Wiley, 1995, p. 95

FUTUYMA, D. J. Biologia evolutiva. 2a ed. Ribeirão Preto, Sociedade Brasileira de Genética, 1993. 631 p.

GEORGE, N. T. Fossils in evolutionary perspective. Science Progress, 48:1 – 3. 1960.

MORRIS, H. M. O enigma das origens: a resposta. Belo Horizonte, Editora Origens, 1995. 265 p.

STORER, T. I., USINGER, R. L., STEBBINS. R. C.& NYBAKKEN, J. W. Zoologia Geral. 6a ed. São Paulo, Companhia Editora Nacional, 1991. 816 p.
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retirado de http://origins.swau.edu/papers/evol/marcia2/indexp.html às 2:30 pm dia 5/2/2008:

O que mesmo Dobzhansky?!

O relato a seguir foi feito por Nair Elias dos Santos Ebling, professora da Faculdade de Ciências do Unasp.

Estava no último ano de meu curso na faculdade. Minha inclinação havia sido sempre por Genética e eu era monitora do Departamento de Citologia e Genética.

“O professor responsável pelo departamento realizava pesquisas com a Drosófila – essas pequenas moscas da fruta – e eu trabalhava com ele. Esse professor havia realizado estudos a respeito dos escritos do Dr. Theodosius Dobzhansky, nos Estados Unidos. Mais tarde, o Dr. Dobzhansky veio ao Brasil e foi então que tive a oportunidade de conversar com ele. “A expectativa pela visita desse grande cientista era muito grande para todos os alunos da área de Biologia, porque seus livros e trabalhos científicos eram muito citados e contribuíam para formar nossa cosmovisão.

“Eu mesma estava no auge de minha crise existencial. Como adventista do sétimo dia, era criacionista. Porém, a Universidade, toda estruturada na teoria da evolução estava comprometendo os fundamentos de minha crença. Portanto, ao ter a oportunidade de conhecer pessoalmente o ‘papa’ do evolucionismo em genética era ao mesmo tempo excitante e atemorizador.

“No dia de sua chegada, fui convidada a almoçar com ele. Eu tive muito medo, mas ele era um velhinho simpático e falava bem o português. De repente, minha primeira surpresa: ofereceram-lhe suco de abacaxi e lhe perguntaram se ele queria natural ou com menta. Em um tom de voz que todos podiam ouvir, respondeu:
– Eu sempre prefiro as frutas com o sabor que o Criador colocou nelas!“Todos riram, mas eu olhava atentamente a fim de descobrir se ele falava com certa ironia ou se falava sério. Em outras ocasiões também fez referências similares ao ‘Criador’ e, quando os outros riam, ele mostrava certa surpresa.

“Finalmente, em um passeio que fizemos para caçar moscas Drosófilas nas margens de um rio onde estávamos realizando uma pesquisa científica, tive a oportunidade de ter uma longa conversa com ele. Essa conversa ficaria marcada em minha vida e me firmaria no criacionismo.

“Detivemo-nos para almoçar em um restaurante típico ao lado do caminho junto ao rio. Servia-se uma variedade de frutas, verduras e legumes. Dobzhansky começou a servir-se. Nisso, aproximei-me. Gentilmente ofereceu-se a servir-me, enquanto dizia:
– O Criador não foi nada mesquinho com a variedade!

“Aproveitei a oportunidade para perguntar o que ele queria dizer quando se referia ao ‘Criador’. Ele colocou o dedo em frente aos lábios em sinal de ‘silêncio’ e me perguntou se eu gostaria de caminhar. Respondi afirmativamente e ele me fez um convite:

– Depois do almoço vamos fazer, então, uma caminhada.
“Terminei rapidamente meu almoço e ele fez o mesmo.

“A trilha por onde caminhamos apresentava grande variedade de flores silvestres. Arrancou uma delas e perguntou o que eu via através da flor. Disse-lhe que podia ver muitas coisas através dela: além da harmonia externa, podia reconhecer a estrutura interna; podia olhá-la pelo microscópio e ver muito mais, etc. Mas disse-lhe que, sem dúvida, ele podia ver muito mais que eu.
“Aqui é onde ele me fez a pergunta crucial:

– Tu crês realmente que tudo isso pode haver sido resultado do acaso? – ao que respondi:– Não, eu não creio nisso; porém, professor, através de seus artigos e livros você tem conseguido me deixar confusa.

“Ele continuou me mostrando várias coisas da natureza e falando delas, desacreditando o acaso e o tempo como responsáveis por tudo.

“Minha surpresa diante de tudo isso era grande, e comecei a fazer-lhe uma série de perguntas: ‘Que é que o senhor busca? Aonde está querendo chegar? O senhor, que tem feito gerações de jovens crer na evolução e no acaso como os agentes de tudo através de milhões de anos, agora está dizendo o oposto?’

– Tu és criacionista – disse-me ele – continua sendo. Não mudes pelo que eu tenho dito ou escrito.

– Mas, professor – continuei – o que fara com toda a influência que o senhor já teve e continuará tendo?“Aqui ele encerrou o assunto com uma declaração impressionante:

– Tu não necessitas transitar pelo caminho que eu segui. És muito jovem. Continue sendo criacionista. Eu já fui demasiado longe e não tenho tempo para voltar atrás.”

quarta-feira, 5 de março de 2008

Será mesmo?

"Não há necessidade de pedir mais desculpas pela pobreza do registro fóssil.
Em alguns casos ela se tornou quase incontrolavelmente rica, e as descobertas estão ultrapassando a integração...o registro fóssil, não obstante, continua a ser composto principalmente de lacunas"

George Gaylord Simpson
The Major Feature of Evolution